domingo, 10 de abril de 2011

Como a vida muda...

Perdi a virgindade numa quinta feira e no sábado eu contei aos meus pais.
Ouvi do meu pai, que a super proteção que ele me dedicava terminou ali, pois eu não tinha mais nada a ser preservado, em meio a lamentos de uma visível decepção. Minha mãe me ouviu atentamente e depois ficou calada. Acho que foi pro quarto chorar, sei lá.

Eu sabia que tinha ido longe demais, mas uma hora isso teria que acontecer. Passei por momentos de arrependimento, depressão, entendimento, aceitação e no fundo, passei a perceber o quanto aquilo me libertou. Foi uma mudança tão radical na minha vida, amadureci, passei a ter liberdade de sair pra qualquer lugar. 


Meu pai tinha um grande emprego, era funcionário público e resolveu pedir demissão, por idéias erradas que colocaram na cabeça dele. Com o dinheiro, ele comprou uma padaria. Até que no início deu dinheiro. Essa foi minha época de patricinha. Todos os dias no salão, meu cabelo teve todas as cores que alguém pode imaginar. O lugar era modesto, uma região com grande índice de pessoas carentes... mas como adoravam frequentar a padaria, eu nunca vi uma padaria tão badalada. No meu aniversário de 17 anos, o padeiro teve que fazer 3 bolos enormes, pois toda hora os clientes queriam cantar parabéns e me encher de presentes. Foi muito legal *-*


Com 17 anos fiz minha primeira viagem sozinha. Foi uma delícia dormir longe dos meus pais, não ter que dar satisfação de cada passo e enfim descobrir a vida adulta. Meu sonho era fazer 18 anos e ter minha maior idade. (mal sabia eu, que depois dos 18, o maior sonho é voltar a ser criança).
Meu pai já não me proibia de nada, só me disse que não me ajudaria com 1 real.
Me dediquei a levantar esse dinheiro, vendi pulseiras que eu mesma fiz, vendi rifa, fiz várias coisas que geravam renda e consegui. Meus pais se sentiram orgulhosos de mim.


Com 18 anos já estava no meu primeiro emprego, desenvolvi muitas habilidades e me tornei uma grande profissional. Minha vida pessoal não andava pra lado nenhum, mas a profissional começava a se destacar.
Perto da minha casa tinha um pequeno bar da mãe de uma amiga. Eu frequentava o bar, pois tinha um videokê e quando eu queria distrair a cabeça com minha amiga, além de ajudar a mãe dela, ficavamos cantando e rindo bastante uma da outra.

Um dia a polícia parou um carro preto enorme na frente do bar, desceram e eu fiquei assustada. Desceram rindo, sentaram para tomar refrigerante. Minha amiga me falou, que o rapaz que falava mais alto e se sentia o gostosão, era nosso novo vizinho. Achei ele um idiota! Virei o rosto e continuei cantando.


É engraçado lembrar disso hoje, dessa chegada dele, do primeiro olhar... posso analisar minuciosamente a expressão em nossos rostos. Eu virei o rosto, mas algo já me dizia que aquele prepotente e arrogante tinha algo diferente e seria muito especial na minha vida.

Um comentário:

  1. kkkkk
    Estou te seguindo!
    adorei o post!
    e o blog
    beijinhos colloridos
    ps ta rolando uma enquete no meu blog vota pra mim, sua opinião é muito importante!
    brigada

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