quinta-feira, 7 de abril de 2011

A primeira vez a gente nunca esquece...

Essa notícia chegou nos primeiros dias de janeiro e o aniversário dele era no dia 24 de janeiro... eu entrei em total desespero. Já tinha planejado tudo na minha cabeça... iríamos nos conhecer... e eu ia me entregar à ele. Senti uma avalanche emocional... me tremia, perdi meu chão, não podia acreditar que o homem que eu amava pertencia a outra. Entrei em depressão...
Na semana seguinte conheci um rapaz pela internet... e descobri que ele morava muito perto de mim... na verdade, a rua dele era continuação da minha, mas era um bairro diferente e nunca havíamos nos encontrado. Essa engraçada informação tornou a conversa leve e acabamos ficando rapidamente amigos... tanto que no mesmo dia que teclamos, nos encontramos... ele veio à porta de minha casa e conversamos até 22h, quando meu pai mandou eu entrar. Contei tudo que estava acontecendo no meu coração para esse novo amigo... dias depois apresentei ele aos meus pais, como amigo... e meu pai gostou dele... por ele morar pertinho, (acho até que investigou a vida do rapaz, rs) ele tinha carro, trabalhava, estudava, andava bem vestido e tinha 10 anos a mais que eu... definitivamente não era um menino qualquer! Surpreendentemente ele me chamou para passear e minha mãe deixou eu ir... ele me levou ao mirante de botafogo (à noite, não dava pra ver nada direito) mas conversa vai, conversa vem... nos beijamos...
Eu achei precipitado, mas não pude evitar... embora eu só tivesse sentimento de amizade por ele. Meu coração sangrava ainda pelo outro, eu estava incapacitada de sentir qualquer coisa naquele coração destruido... ele me entendeu... e disse que não passaríamos nada por cima disso... disse que respeitaria meu momento. Saímos outras vezes na mesma semana... só para passear... às vezes até rolava beijinhos, mas era estranho... porque tudo permanecia igual. Nesse momento passei a entender o significado do termo "ficar" rs... estava sendo divertido, até que chegou o dia 23 de janeiro, esperei dar meia noite para ligar para o @moroso e ser a primeira a dar os parabéns.. assim como tinha acontecido nos anos anteriores. Uma voz feminina atendeu e meu mundo caiu. No dia 24, meu amigo ligou pois imaginava que o dia seria pesado... e eu estava transtornada... tinha virado a noite chorando e pensando em um jeito de matar aquilo de puro e lindo que eu sentia pelo @moroso... foi então que num rompante de loucura, disse para meu amigo que queria sair com ele. Ele me perguntou onde iríamos?!... Eu pedi para ele deixar eu o guiar ao lugar, mas ele deveria comprar pétalas de rosas vermelhas. Ele sem entender, aceitou... marquei com ele às 20h. Fui a uma loja, comprei um vestido azul... entrei na internet, pesquisei o lugar mais próx da minha casa... avisei a minha mãe que tinha um aniversário da irmã do meu amigo e ela liberou, desde que ele me buscasse e me trouxesse (perfeito!) Às 20h ele estava lindo, na porta da minha casa, com um bouquet de rosas vermelhas e um saquinho de pétalas na mão. Eu sorri, os olhos estavam inchados e a maquiagem não conseguia disfarçar. Segurei as rosas, dei um beijo no rosto dele e me dirigi a porta do carro... ele abriu, eu entrei... ele fechou e entrou, tomando a direção. Enquanto ele dirigia, tentava me animar, perguntando se a gente ia a praia... porque eu sempre disse que queria casar na praia com pétalas de rosa na areia... eu sorria sem rir, suspirando mistério. Eu o guiei.. até a porta de um motel.. mas ele parou o carro antes de entrar e tentou me convencer que aquilo era errado, pois eu estava triste demais para tomar uma decisão. Ele dizia que não podia negar a vontade de ser meu primeiro homem, mas não podia ser naquelas condições. Eu o beijei e lágrimas desceram minha face...  juntei toda a força do mundo e pedi que ele fizesse o que eu queria, depois de muita conversa, entramos no motel. Ele pediu a suíte presidencial, jogou pétalas no chão enquanto eu entrava... depois jogou na cama. Um frio percorreu minha espinha, uma tristeza tomou conta do meu coração... O QUE EU ESTAVA FAZENDO? Ele sentou na outra ponta da cama e ficou me olhando. Eu sorri... e ele quis entender minha história e minha decisão. Expliquei à ele, que se eu não podia ser do homem que eu mais amava... que fosse de um amigo, meu melhor e único amigo... pois eu não teria coragem de fazer com mais ninguém. Ele se aproximou, me tocou com tanto carinho... que hoje eu posso afirmar, ter sido uma noite linda...
Na hora... foi horrível! Os sentimentos estavam misturados e eu não sabia se estava cometendo o maior erro da minha vida... só tinha a certeza que a decepção, mudara e marcara minha vida para todo sempre.

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