terça-feira, 5 de abril de 2011

A irrealidade a um passo da realidade

Era mais intenso que muitos relacionamentos reais. O @morosoRJ conseguiu invadir minha mente, estremecer meu corpo, me enlouquecer de paixão. Essa pode não ter sido a primeira, mas concerteza foi a mais impactante e significativa.
Saímos do mundo da digitação e subimos mais um nível... o da voz.
Ele me acordava pra dizer bom dia, depois ligava para saber se eu tinha tomado café da manhã... antes do almoço, durante, depois... várias vezes durante a tarde, a noite... e enfim, passavamos a madrugada juntos. Não sei como tínhamos tanto assunto, ou melhor... às vezes nem tínhamos... brincávamos, brigávamos, não importava nada além de estar junto de alguma maneira.
Minha mãe percebeu a situação, mas ele era tão doce, que até ela se apaixonou pelo jeitinho dele. Logo, ele a chamava de sogrinha e ela se derretia. Ele acompanhou toda minha fase final da infância, início da adolescência... a vinda repentina da maturidade, ele sempre estava lá.
Quando fiz 15 anos, ele me perguntou o que eu queria de presente... e fui bem direta na resposta. QUERIA ELE... no meu mundo real. Queria realizar todos aqueles desejos e sonhos acumulados, aquela fantasia alimentada por palavras. Porque não? Ainda não nos conhecíamos por foto, mas eu estava num estágio de paixão que pouco me importava a forma dele... eu queria fechar o olhos e sentir seu cheiro, seu toque... era mágico e sublime.
 Meu aniversário foi em dezembro, em agosto... exatamente no dia dos pais, eu estava na casa do meu avô.. como de costume nesse dia... e meu celular tocou. Vi seu nome e atendi rapidamente. Ele dizia: "- vem aqui fora, estou na sua porta..."
Eu fiquei em choque, meu pai não permitia ainda que eu andasse sozinha, nem pegasse um ônibus sozinha (Pois é, com 15 anos eu não andava sozinha... loucura né?)
Eu chorando, me tranquei no quarto da minha tia... e ele no telefone descrevia a frente da minha casa para me confirmar que estava ali. Não teve jeito, ele não podia esperar, pois eu nem sabia se ia para casa naquela noite. Foi traumático ficar tão perto e tão longe dele.
Por coincidência ou mera ironia do destino, tinhamos casa de praia em cidades muito próximas na região da Costa Verde. São cidades tão pequenas, que pareciam bairros.
E assim começaram os desencontros. Quando eu estava viajando ou em casa, ele batia na casa errada. Me ligava que estava na porta, enquanto eu estava a quilometros de distância.
Por um momento, achei que fosse alguma brincadeira... mas assim como ele já conhecia minha família por telefone, passei a conhecer a dele. O pai dele dizia que nunca viu o filho dele tão apaixonado e não entendia porque não conseguíamos nos encontrar. Hoje parece estranho, pois com o passar dos anos... as pessoas estão cada vez mais presentes em tempo real, mas ainda não estávamos nesse estágio. Nem nos conhecíamos por foto. Claro que eu poderia ter feito uma foto e enviado, mas tinha 2 problemas. 1º meu pai, que não permitia o envio de foto por computador e 2º... o medo dele não gostar de mim e tudo se quebrar. Afinal eu já tinha passado por tanto preconceito por ser gordinha, que estava cansada de ser rejeitada e era tudo tão perfeito. Até que completei meus 16 anos. Aquele ano tinha sido sofrido com toda a confusão de nossas tentativas de encontros... as coisas começaram a mudar. Ele era rico, playboyzinho de Copacabana, fazia faculdade numa das mais caras do Rio, lá em Copa mesmo, morava com a vó e era super mimado. Eu era de classe média, nunca faltou nada, porém não tinha para esbanjar, era gordinha e ainda usava óculos. Me sentia numa situação trágica e completamente longe da realidade dele. Eu comecei a sentir diminuição nas ligações e na procura. Sabia que depois de três anos, a paixão cedia, mas eu não queria acreditar... afinal, nem tinha realizado ainda. Meu pai me sufocava com implicâncias, não podia ir a festa com amigas, não tinha vida social... estava num momento onde a minha sensualidade estava aflorando... no colégio todas as minhas amigas não eram mais virgens.. meu sonho era ser dele (@moroso) só que tudo estava dando errado e ele estava se afastando. Começamos a brigar por isso e eu sabia que o aniversário dele estava chegando. Eu queria fazer as pazes com ele, queria dar a ele algo que seria só dele e nenhum homem na vida poderia ter. Faltando uma semana para o aniversário dele, ele me ligou... dizendo que havia conhecido uma menina na faculdade e que não queria me magoar nunca, mas que eu poderia ligar pra ele e descobrir. Enfim, ele estava namorando.

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Obrigada Gustavo pelo primeiro comentário e obrigada Andrea por ser a primeira seguidora, vocês já fazem parte da minha história. Beijinhos♥

3 comentários:

  1. adorei,principalmente o seu quem sou eu,admiro muito as pessoas que são felizes como são sem se importar com as não tão importante opinião dos outros

    estou te seguindo,me segue?
    http://nemochapolinajudara.blogspot.com

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  2. lí com bastante atenção seu post , pena que o final não era o q eu esperava ler ... ja estou lhe seguindo... siga o meu :
    http://andyantunes.blogspot.com/

    bjsssss

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  3. Obrigada amigas, pois é... isso é uma história verídica... eu também não queria que tivesse sido assim, mas ainda tem muita história para rolar... vai acompanhando e já estou te seguindo tbm viu... adorei os blogs... beijocas

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